A internet tem sofrido ameaças de fortes mudanças quanto às informações que circulam por ela, isso devido à tentativa do congresso americano em aprovar uma lei para retirar de circulação da web todo conteúdo não autorizado, como publicamos aqui. A queda do site Megaupload aparenta agora o início de um efeito dominó, já que outros sites passaram a modificar suas políticas de privacidade e compartilhamento de dados para não correrem o risco de ter o mesmo destino que o site de Kim Schmitz.

E, para deixar os usuários do mundo todo mais preocupados, um tratado articulado entre Estados Unidos, Canadá, União Europeia (UE) e Japão, que leva o nome de Acta (Anti-Counterfeiting Trade Agreement), promete ser muito mais rigoroso que o SOPA e tem buscado, além dos países que o formularam, outras nações adeptas. E no mês de junho o parlamento europeu decidirá se coloca o acordo em prática.

Em meio a tantos acontecimentos logo no primeiro mês do ano, um grupo de pessoas intituladas por Anonymous fez ataques a diversos sites, como o do Departamento de Justiça americano, o da gravadora Universal Music e ao da Sony Music, sendo que do site Sony foi disponibilizado boa parte da discografia da gravadora para download e até alguns filmes. Esses ataques foram uma forma de resposta ao caso do Megaupload, que teve, inclusive, seu fundador e três diretores detidos.

Depois desse apanhado geral, fica a pergunta: afinal, quem são os Anonymous? É um grupo de pessoas que se identifica como uma ideia em defesa da liberdade e o fim da corrupção, tirania e opressão por parte dos que possuem poder, seja político, como os governos e governantes, ou econômicos, como as potências econômicas mundiais e as grandes corporações. Para esclarecer melhor os princípios defendidos pelo Anonymous, acompanhe o vídeo abaixo:

Agora que você já sabe quem são os Anonymous, que tal fazermos uma análise? Muito já se falou e ainda se fala sobre movimentos contra a degradação ambiental, ações para extinguir a fome mundial, para mudar a situação das famílias que vivem abaixo da linha da pobreza, entre outros. Porém, até hoje, nada realmente movimentou um número tão grande de pessoas quanto a possibilidade de restrição à liberdade existente na internet.

Com isso, perguntamos a você, nosso leitor: por que hoje nos mobilizamos em torno dessa defesa de forma tão vigorosa? Será que é por que essa interferência na internet pode representar uma intervenção na forma como vemos o mundo? Para sua empresa, o quanto a influência do poder público, como propõe a lei, pode atingir seu negócio?