Devido ao crescimento da classe C e o aumento do poder aquisitivo no país, a internet tem se desenvolvido consideravelmente. Não apenas no número de usuários, mas também em como é usada. No Brasil são utilizados três principais tipos de conexão a internet:

Banda Larga Fixa: É definida como internet de alta velocidade. Para que seja assim, sua velocidade deve ser um mínimo que é designado por cada país. No caso do Brasil, o governo não fixou uma velocidade mínima para o serviço de banda larga, no entanto a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) está em processo de regulamentar a exigência de que as empresas forneçam pelo menos 70% da velocidade contratada por cada assinante. Atualmente, as empresas garantem apenas 10% da velocidade contratada por seus clientes. Esse tipo é chamado de fixo porque é acessado através de apenas um local imóvel, como em casa ou no trabalho.

Banda Larga Móvel (3G): Também definida como internet de alta velocidade, sua diferença é que pode ser conectada de qualquer local que tenha cobertura. Em geral, é utilizada em smartphones, tablets e algumas vezes em notebooks/netbooks por meio de modens móveis.

Internet Discada: Chamada também de banda estreita foi o primeiro tipo de conexão à internet, que combina o modem com a linha telefônica para possibilitar o acesso. A Internet discada não é de alta velocidade e possui diversas limitações. Mesmo assim, ainda é utilizada no Brasil por um número pequeno de pessoas, só que importante de ser considerado.

Em 2010, segundo o Sinditelebrasil, o país atingiu 34,2 milhões de acessos com internet rápida demonstrando um crescimento de 71%. Esse número inclui banda larga fixa, modens móveis e terminais 3G (smartphones e tablets). Isso representou 27 novos acessos por minuto durante o ano. Em comparação com a Internet discada que atualmente representa menos de 16% das conexões, é possível constatar que não somente mais usuários estão conectados como vários deles passaram a utilizar a banda larga.

Essa tendência não está concentrada somente na banda larga fixa, mas principalmente na móvel. A taxa de crescimento de terminais da terceira geração é de 257%, contabilizando um aumento de 4 milhões para 14, 6 milhões de 2009 para 2010. Sem contar o número de modens 3G que passou de 4,6 milhões para 6 milhões. Em oposição, a banda larga fixa teve um crescimento de apenas 20% com um aumento de 11, 4 milhões para 13,6 milhões de acessos. Tudo isso forma um total de 20, 6 milhões de novas conexões via 3G no Brasil.

Ao observar esses números percebe-se que a internet móvel superou a fixa em 2010, porém isso não demonstra uma preferência pelo 3G. Como a maioria das pessoas que utilizam esse serviço têm banda larga fixa em casa, seu diferencial é que uma conexão fixa pode ser utilizada por mais de uma pessoa ou computador, já no caso de smartphones a conexão é única por aparelho. Se pensarmos nesse sentido podemos perceber que uma casa com média de 4 pessoas utiliza apenas uma banda larga fixa e ao mesmo tempo pode ter de 1 a 4 conexões via 3G.

Na realidade o que esses números mostram é que cada vez mais as pessoas estão utilizando das vantagens da internet móvel. Não somente a conexão, mas todas as oportunidades e exclusividades que isso oferece. A nova tendência é que a internet não só esteja presente no dia-a-dia, mas em qualquer lugar a qualquer hora. Embora ainda existam limitações de sinal, velocidade e principalmente preço, a ideia desse tipo de conexão é que não existam limites geográficos e físicos. Sendo assim, a interação com a web através de aplicativos está acontecendo cada vez mais.


Sinal3G

Mapa Colaborativo de Sinal 3G

Como tudo é focado em tempo real, as redes que se dedicam à internet móvel, como Twitter e Facebook, terão cada vez mais espaço na web. Assim como outras redes e serviços menores, que também têm se destacado através de aplicativos que têm como característica a praticidade, conforto e o entretenimento.

O 3G eleva o tempo que as pessoas permanecem conectadas e com isso elas passam a interagir na web de forma diferente. Por ter menos limitações, os usuários não só ficam mais participativos, mas também começam a seguir as novas tendências com mais rapidez. Devido a esse constante crescimento, novas formas de anunciar e interagir com os usuários devem surgir e o investimento em mobile passará a ter um retorno maior. Continuando assim, a revolução tecnológica na propaganda que foi iniciada há pouco tempo com o marketing digital e as mídias sociais.

Fonte:
O Globo
G1